Eu, Mãe.

Sempre me senti meio mãe de todo mundo. Canceriana de uma empatia ímpar...Mas durante muito tempo eu vivi com meu marido sem pensar em filhos. Foram 11 anos casados de dedicação exclusiva e mútua, além dos projetos pessoais.
Muitos cursos de formação, pós graduação, masters internacionais, curso de dança, viagens, morar fora...enfim acho que fizemos muita coisa juntos-juntos e juntos sozinhos.

No final de 2016 veio a notícia de que iríamos nos tornar pais. OI????? COMO ASSIM?

Um misto de euforia e medo tomou conta da minha cabeça. Eu seria mãe aos 40 anos. E o que poderia esperar disso????? Sem a menor ideia...

Segui a minha gravidez da melhor forma possível. Continuei a trabalhar até a 38a  semana, continuei atividades físicas até onde pude. O sono tomava conta de mim...o cansaço e a sensação que a maternidade pertencia a outro mundo.

Todos me perguntavam: é pra quando? Menino ou Menina? já arrumou o quartinho? ...

E ainda insistiam na frase ameaçadora: dorme agora, porque depois...Medo total...Na verdade eu me guardava um pouco. Tentava não pensar em como seria e na verdade nunca tive muito saco para essas coisas de roupinha, quartinho, enfim...as coisas de bebê não eram a minha praia.

O tempo foi passando e Niko foi crescendo dentro de mim. Ocupando todos os espaços possíveis. Dentro e fora de mim (em casa).

Menino de soluço forte e agitado após as 22:00. Se mexia em todas as reuniões de trabalho para dar a opinião. Eu já o conhecia. Já sabia da sua personalidade forte. Meu leonino. Meu leãozinho.

Era um barrigão imenso. Um meninão.

No dia 28/07/2017 ele nasceu. E com ele veio a mãe. Ou melhor...EU, MÃE!

Que tarefa árdua a maternidade. Que lindo meu filho! Ô sentimentos conflitantes...

Ainda estou me descobrindo mãe...mais um papel nessa vida louca. Nada acontece de uma hora para outra. Ou melhor além disso, não acontece igual para todas as mulheres. Todas têm o seu tempo de descoberta. A Mãe não nasce com o bebê...mas ela surge discreta (ou não) com cada mamada, cada colinho, cada troca de fralda (principalmente as de cocô). A mãe nasce aos poucos, às vezes leva anos para nascer completamente. Mas ela vem. Pode ter certeza.

Prazer. Eu sou mãe do Nicholas, menino de sorriso fácil.










Comentários

Nilton Braga disse…
Lindo!!!!!!! Amei o post. Tamos juntos, minha Flor! (eu sou o pai do Niko, só pra deixar claro kkkk)