A Estrela

Conta-se que originalmente a raça humana vivia tranqüila e sem guerras, mas quando Pandora, moldada por Zeus a partir de uma nuvem, por curiosidade abriu a jarra que Zeus oferecera-lhe como presente de núpcias entre ela e Epimeteu, dela saíram todas as desgraças; somente a esperança restou presa à borda porque Pandora repusera às pressas sua tampa. Curiosamente, o nome da noiva desastrada se constrói por Pan = todo + dôron = presente. O mito grego nos ensina que todas as vicissitudes da vida, ainda que gerem desespero, são em última análise presentes dos deuses, que brincam de ocultar nas dificuldades da vida as possibilidades de evolução da alma humana em seu natural desígnio de espiritualizar-se. E como não poderia deixar de ser, Zeus entendeu que se retirasse do homem a esperança; ele próprio estaria para sempre perdido, posto que a humanidade encontraria seu fim, o que não lhe permitiria mais se alimentar da dinâmica da vida. Por isso segue o signo: a esperança; e A Estrela nos ensina uma verdade: na alma dos que buscam com justiça ela nunca morre!

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